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Bem vindo(a)!

Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Surpreender é fazer feliz

Surpreender...
Como é bom isso!
É demais quando nada esperamos de diferente e então... acontece!
Tem pessoas que são capazes de surpreender o outro, mesmo depois de tantos e tantos anos de convivência. E olha que isso não é fácil! Somos tendenciosos a achar que conhecemos aquele que está ao nosso lado e que nada que venha a fazer seja capaz de ser novo e, por mais que seja, lá no mais íntimo de nosso ser, achamos que já sabíamos.
Hoje aconteceu comigo: fui lindamente surpreendida! Eu não esperava nada. Estava num daqueles dias em que nada acontece de novo. E, de repente, a surpresa! Veio daquele que está comigo há muitos e muitos anos: meu grande amor! E ele o fez, eu bem sei, para me agradar. Conseguiu agradar-me e surpreender-me!
Não é pelo material em si, mas pelo representado no gesto:  amor e vontade de fazer o outro feliz.
Encantei-me e me apaixonei, mais uma vez, por essa pessoa linda, de coração imenso e generoso que Deus colocou em minha vida. Ela traz, até no silêncio, aquilo de que preciso para ser feliz. Ela tem o dom de tranquilizar-me; sabe o tempo certo de falar comigo e de se calar. Mesmo quando me vê nervosa e que acho que ele deveria reagir de uma forma,  reage de outra e é essa outra, aprendida ao longo de anos de convivência, a melhor para mim.
Aprendemos a ser para o outro o que precisa no momento. E assim, tentando, vamos construindo nossa vida juntos e, através de grandes e pequenas lições, temos nos renovado e crescido. Temos encontrado formas de fazer o outro feliz e nisto consiste a força de nosso relacionamento.
O ato de surpreender é mais uma forma de "fazer feliz", de mostrar que se importa, que ama e que quer ver o sorriso estampado no rosto amado.
Ao meu amor, meu marido, o meu agradecimento por me fazer tão feliz nesta vida!
Espero que com meu jeito torto, também consiga fazer de seus dias, dias tão felizes quanto fazes dos meus!




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O verdadeiro amor


A vida segue como seguem as águas de um rio: sempre na mesma direção, mas ao longo do seu percurso tudo à sua volta é diferente e vai se transformando enquanto leva suas águas ao mar.
Como é bom que seja assim! Nada igual, sempre uma nova paisagem, uma curva inesperada, pedras que ora se escondem ora desaparecem à medida que as águas são mais ou menos volumosas. E após cada curva o inesperado: à vezes algo bom demais; noutras nem tanto. Mas tudo com um sentido. Tudo dependendo apenas do olhar de quem olha, pessimista ou de quem quer ver um facho de luz em cada ponto sombrio. 
No percurso do rio de minha vida tenho visto de tudo. E esse tudo tem ganho um novo significado a cada dia, dando a ela maior sentido. 
Numa dessas curvas reencontrei o rosto conhecido, mas que não enxergava mais na sua imensa beleza. A imagem, antes sombreada pelos problemas de minha vida, que deixei que fossem mais fortes que tudo o mais, agora está ganhando seu verdadeiro contorno, sua verdadeira beleza: o rosto de Jesus, meu Mestre, meu amor maior. Nele, desfigurado, vejo a entrega e o amor incondicional de Deus por cada um e por mim. Vejo a misericórdia para com os que sofrem, os abandonados, os sem lar, sem família, sem ombro em que encostar sua cabeça. 
No rosto do Mestre, vejo um olhar de compaixão pelos marginalizados. Vejo, em seu peito, o coração que quer ter os jovens bem pertinho para dar-lhes o rumo certo que tanto procuram. No olhar de meu Amado, vejo a ternura por mim, que mesmo em minha pequenez e fraqueza, mesmo diante das minhas infinitas misérias, me ama e me quer junto dEle. E por Ele me apaixonei de novo e totalmente. 
Por Jesus quero doar minha vida. Por Ele, quero deixar as águas de meu rio seguirem e fazer frutificar, não só o meu leito, mas todos aqueles que estão no meu percurso até o fim.
Assim quero chegar ao mar, enfrentando o inimigo, combatendo o bom combate, sendo fiel. Assim quero chegar ao mar, depois de ter vencido o inimigo sem deixar de lutar, sem me entregar...para ser merecedora do que Ele tem preparado para mim na vida eterna!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Poder das mãos sacerdotais



Elas são, na terra, as mais poderosas de todas as mãos.

Mãos que dão a vida da Graça, mãos que renovam essa graça pelo perdão divino.

Mãos que não afagam um rosto querido de mulher, mas que abençoam, em nome de Deus, o amor que Deus faz brotar entre ela e um outro homem. 


Mãos que iluminam, com a luz do Evangelho, o amor matrimonial e o faz aproximar-se do Amor de Deus Criador.

Mãos que não terão filhos ao colo, mas que colocarão no colo de seus pais os filhos, que não tendo pedido para nascer, não encontraram para si um pouco de tempo na “agenda” de seus pais.


Mãos que abençoam, enxugando lágrimas de tantas pessoas esmagadas nos revezes da vida. Mas que ficam sozinhas, na solidão, para enxugar suas próprias lágrimas, quando as coisas não correm bem entre “elas” e o rebanho a elas confiado, quando a insistência da vida biológica ameaça a existência da vida espiritual, quando a insistência da morte biológica põe a perder os entes mais queridos. 


Mãos que curam os enfermos e lhes devolvem a esperança de viver.


Mãos que fortalecem os fracos com o Pão dos Fortes: a Eucaristia.

Santas Mãos Sacerdotais!

Obrigada, Senhor, pelas santas mãos dos Sacerdotes que Vos traz até nós todos os dias, alimentando nossa vida espiritual até chegarmos à vida eterna!

A todos os Sacerdotes meus parabéns pela nobre e grande missão que receberam de Jesus.

Meu abraço especial aos padres a quem muito admiro e com quem muito aprendi: 

Pe Bolivar, Pe. Mario Marcelo, Pe. Reginaldo Manzotti, Pe. Marcelo Rossi, Pe. Fábio de Melo, Pe. Zezinho, Pe. Juarez de Castro, Pe. Aurélio Mariotto, Pe Antônio Maria, Pe. Edmilson.

Aos Bispos: 
Dom Waldemar, Dom Célio, Dom Tomé e Dom Darci Nicioli. 

Aos queridos e saudosos: 
Pe. José, Pe. Israel, Pe. Léo e Dom Antônio.

E minha saudação especial aos Papas que passaram por minha história: 
João XIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e nosso atual Papa Francisco.

Que Deus os abençoe sempre!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

E se...


Existem fatos na vida da gente, que mesmo que quiséssemos, não conseguíramos explicar, pelo menos com sensatez.


Somos demais! Não no sentido de ser "dez" (embora alguns sejam!), mas no de ser além da conta.

Tomamos atitudes que recriminamos. Sem querer (ou querendo) sabe-se lá, e, com  jeito impulsivo, quando vimos... já fizemos e pronto. Depois, fica a sensação de não ter agido como deveria. E aí? O que fazer se não conseguimos nos segurar quando é preciso? Vem, então, consciência pesada, arrependimento, tentativa de corrigir o erro, de consertar o inconsertável.

Tem horas em que isso é pior. Falamos, falamos, falamos... e mandamos entregar. Depois deletamos... fácil no mundo virtual, tarde no real. E temos, geralmente, nossos alvos preferidos: os que estão perto e a quem consideramos muito. Se é com os outros, fora desse grupo reduzido, desculpamo-nos e pronto. Já com o grupo do  coração, fica martelando  na cabeça, incomodando. Sentimo-nos como uma criança nessas horas: verdadeira, ingênua, mas pirracenta, sem senso de acerto e erro, inconsequente.

É difícil para alguém que não nos conhece profundamente chegar a nos entender.

O que fazemos,  em muitas vezes achamos ser imperdoável... porém, como o alvo desse bombardeio sempre tem seu lado compreensível (ou pelo menos esperamos que tenha!), sabemos que seremos perdoados, embora achemos que não deveríamos.

Quando ficamos olhando e pensando no que fizemos ou estamos fazendo, uma angústia, geralmente, invade a alma. E o tempo passa...  e lá estamos nós a fazer tudo novamente. Tem jeito? 

Às vezes, prestes a cometer algumas dessas loucuras ... falamos para nós mesmos que não devemos. Só que a cabeça dura costuma não deixar e acabamos achando não estarmos errados, pois só estamos abrindo o coração para quem nos entende e lida bem com isso.

Ai ai, juízo, aonde você foi parar quando mais precisamos de você!?

Dizem que quando jovens, somos ousados, atirados, voluntariosos, destemidos... e de fato o somos. No entanto, por que certas atitudes os jovens deixam de tomar quando as deveriam ter tomado? 

E por que só quando na idade adulta ousam fazer o que não se teve coragem na juventude? Que cabeça sem graça essa, né! 

Existem pessoas que quando ficam mais velhas, endoidecem de vez! E como endoidecem! Será que somos uma dessas? Provavelmente. E burros também, pois nessa doidura toda, só conseguimos abrir o coração nas entrelinhas.Temos vontade de revelar claramente o que está nele! Dizer sem medo de olhar nos olhos, sem vergonha, sem constrangimento de dizer o que, infelizmente, não adianta mais, afinal... a hora ficou no passado; agora não faz mais sentido. 

Está vendo como não conseguimos, nem quando tentamos sinceramente e de boa vontade, sair das entrelinhas?

Pegando um pedacinho de Milton Nascimento: tem coisa que é "...pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração" para sempre!

E para sempre ficar se lamentando, com frases de arrependimento:

- Por que um dia lá no alto, sentado ao lado... não falei?
- Por que numa tarde que foi aos poucos escurecendo, sob a luz do luar...não falei?
- Por que tantas e tantas vezes fiz o tempo passar e enrolando fui levando e... não falei?
- Por que não perguntei quando poderia ter ouvido uma resposta que não a "pode falar que gosto de ouvir suas partilhas."?
- Por que só agora que é tarde demais e quando o tempo, terrível juiz dos indecisos, não volta mais? 
- Por que só agora, quando as oportunidades passaram, os caminhos foram seguidos em rumos opostos, a vida se fez meio, dividiu-se?

Ah! Como é triste o lamento de quem deixou a caravana passar!

Poderíamos ter, um dia, lá atrás, ouvido um "não". Teria doído, (quem sabe?!), mas passado. A incerteza de quem deixou de fazer ou de falar, hoje, é pior. A covardia e o medo nos impediu de, pelo menos, saber.

E "a fila andou"... a barca seguiu mar adentro. E como se num sonho estivéssemos, em que tudo se mistura e nada é claro, tentamos levantar os olhos e pelo menos ver o que o mar levou e não traz mais de volta. Ainda vemos no horizonte a barca, mas longe, longe demais, intocável. E do lado de cá, na praia... nós, os que não souberam ousar, embora, talvez, ousemos, agora, além do conta, quando já não mais faz diferença e não se pode nem mesmo acrescentar um "pingo" no i!

Sentirmo-nos como um mudo que tenta gritar e não consegue nem pode é duro! Então... é segurarmos a mão dos que ao lado estão e caminhar sendo feliz e fazendo ser.

Que tal sermos mais diretos nas nossas relações? O ficar pensando demais para fazer, pode não ser um bom negócio numa época em que as oportunidades não ficam a esperar por tempo indeterminado. Se deixarmos passar... ficaremos com a sensação de que alguma coisa poderia ser diferente hoje. É claro que me refiro àquilo que não nos prejudicará nem ao outro. Mas refiro-me a atos simples, que podem fazer muita diferença e, principalmente, podem nos impedir de carregar conosco algo pela vida a fora sem, ao menos imaginar, se teria dado certo ou não, se teria sido melhor ou não, se teria valido a pena ou não!

É isso...



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Encontros

Fomos feitos para nos encontrarmos.

Os encontros fazem parte da vida e são tantos ao longo dela, que com o passar do tempo até nos esquecemos do quanto cada um deles foi importante e alterou, de alguma forma, o seu curso.

Nem eu nem você seríamos o que somos hoje se esse cruzar de caminhos não acontecesse e de tantas formas diferentes. 

Os  encontros já começam quando nascemos. É o encontro com a luz, com a família, com os costumes, com os sorrisos, com as lágrimas, com as festas, com as dores...

Ao longo de nosso crescimento físico, espiritual e emocional constatamos que chegamos ao estágio do amadurecimento devido a tantas e tantas pessoas que compartilharam olhares, palavras, mãos, paciência, energia, exemplos, atitudes. E com esse compartilhamento, o aprender e o crescer vão se tornando um constante no dia-a-dia. Sem ele... nada seríamos.

Sem o muito de minha mãe, não conheceria o mais pleno amor e não saberia agir com ternura e compaixão materna;

Sem a segurança de meu pai, não saberia caminhar sem medo e não me arriscaria tanto;

Sem a companhia de meus irmãos não valorizaria a partilha, o coleguismo, o espírito de ajuda;

Sem o carinho de meus avós não teria aprendido a respeitar tanto os que têm mais experiência;

Sem o espírito de receptividade de meus tios não  receberia com alegria os que à minha casa se dirigem.

Sem a alegria de meus primos  não teria aprendido o quanto é bom sair e ficar com a turma da qual se gosta;

Sem meus amigos não teria aprendido a somar e a dividir minha vida com confiança e força;

Sem meu marido não ousaria dizer que saberia o que é companheirismo, amor e amizade verdadeira;

Sem meus filhos não teria conhecido o dom de ajudar a vida florescer; não seria tão mulher quanto sou, pois sou mãe;

Sem meus diretores espirituais não teria aprendido a trilhar o caminho de Jesus e  a amá-lo no outro.

É interessante quando me lembro de lições que tive, quando na juventude, no encontro com meus amigos, sentia inveja pela roupa mais cara e bonita, pelo sapato da moda, pela calça de marca, pela boneca que nunca pude ganhar. Na época isso me incomodava... só mais tarde compreendi que estava na escola da vida descobrindo que a inveja é um mal que nos prega no chão e não nos permite realizar nossos próprios sonhos.

Ao ganhar na infância simples presentes, percebi a riqueza do receber e do poder doar e a alegria que os gestos de "dar" são imensamente maiores do que os de receber.

Ao ver amigos crescendo pude entender o horizonte à minha frente e que ele era para todos, não somente para os que o encontraram primeiro.

O iniciar de minha vida como profissional , proporcionou-me o crescimento solidário, servindo, colaborando para o bem estar do outro e para que tivesse uma vida melhor.

Ao encontrar abelhas minúsculas construindo sua colmeia numa caixa deixada por acaso na garagem de minha casa, descobri que o inesperado acontece a todo momento e que é sempre bom olhar para ele com olhar extasiado, encantado e saber a cada instante agradecer e louvar por tudo que há.

Todos os encontros ajudam a nos encontrar também conosco mesmos e a conhecer um pouco mais da alma que faz a vida ser a maior dádiva a nós concedida para poder multiplicar vida.

Que encontros e mais encontros se sucedam a fim de que o crescimento humano acelere e impeça os desencontros que conduzem à guerra, à falta de justiça, de solidariedade e compaixão.

Saudáveis e generosos encontros para todos nós!




terça-feira, 2 de abril de 2013

Grande com as PALAVRAS!


Tenho um amigo excelente com as palavras.

Cada uma delas diz tanto que é comovente perceber como entende a alma humana!

Nos momentos em que estou precisando desabafar, não penso duas vezes e o procuro.

Parece que seu olhar vai para além da superficialidade das minhas retinas e se encontra com a minha alma. Isso dá a certeza de que posso me abrir completamente, pois lá dentro ele já está e analisando tudo, preparando-se para trazer as palavras certas, no momento certo.

Para ele, digo o que sinto vontade. Como é bom ter pessoas como esse meu amigo ao meu lado!

Sei que não falhará comigo, pois sua disposição é imensa, embora seu tempo seja curto com tantos e importantes afazeres. O que, é claro, não o impede de se cololar como o grande ouvinte, pronto para exercer com provável êxito a habilidade que tem com elas, as minhas amiguinhas preferidas: as palavras.


Só para se ter ma ideia da excelência de seu dom maior, reproduzo aqui diálogos com as suas respostas sempre surpreendentes. Claro que nem uma delas esperadas... jamais viria dele algo repetitivo, aquém de sua capacidade de bom ouvinte e exímio utilizador da linguagem verbal como um dos elementos mais fortes da comunicação para a grande maioria dos mortais.

Ao diálogo então...

Legenda - Fonte em vermelho: DELE!

"-Sabe, amigo, estou sentindo uma angústia hoje. Meu coração está apertado...
 - Sim!
 - Tive problemas no meu trabalho.
 - Continue.
 - Não consegui ajudar como desejava a um de meus alunos com dificuldade de aprendizagem.
 - Sim. Fale.
 - E não foi só isso, amigo. Aconteceu uma tragédia com alguém conhecido e estou muito triste. Eu não o estou incomodando, estou?
 - Sim. Não. Pode falar.
 - Também não ando tendo um bom relacionamento em casa com meu marido, filhos... acho que tenho sido muito impaciente com eles.
 - Claro.
 - Não vai me dizer nada mais? 
 - Claro. Pode partilhar.
 - Partilhar mais o quê?
 - Seus sentimentos.
 - Não é isso que estou fazendo desde o começo dessa nossa conversa?
 - É?!
 - Dá pra dizer outra coisa? 
 - O quê?
 - Sei lá, você é quem sabe! Não é você que está disposto a me ajudar?
 - Sim. Gosto de te ouvir. Continue.
 - Mas quero também te ouvir. Preciso de uma palavra que levante meu astral!
 - Sua partilha é legal!
 - Hã?!
 - (...)
 - Desculpe perguntar e perdoe minha indiscrição, mas ouve partilha aqui?
 - Sim.
 E blá blá blá..."


Eis a grandeza dos recursos comunicativos utilizados pelo meu querido amigo e a força de suas palavras... tão profundas que nem precisa usar muitas. É o pouco que diz o necessário!

Por essa pequena demonstração, creio que quem ler esse meu texto chegará à conclusão do quanto não posso ficar sem falar com ele. O que vem da sabedoria e boa vontade de suas palavras toca profundamente o meu coração e me reaviva. Saio, depois de todo riquíssimo diálogo entre nós, totalmente renovada e satisfeita, afinal, como ele entende a minha alma e se expõe com clareza!

Sem querer provocar a inveja de ninguém... sinto dizer que amigo assim não é fácil de se encontrar e que eu encontrei, uhuuuu

Ele é o que posso, literalmente, chamar de "todo ouvidos".



Enquanto eu, sem os recursos próprios dele, fico a mendigar as migalhas... e recebendo muito mais do que mereço, como pôde ser comprovado.

O que seria de mim sem esse meu amigo?!

O que seria de mim sem os seus amáveis conselhos?!

O que seria de mim sem as suas doces e generosas palavras?!

Que seria de mim sem esses blá blá blás intermináveis e sempre inovadores?!

É...nada como ter um amigo assim! 

Um verdadeiro tesouro típico do mundo contemporâneo e virtual.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Transforma-nos, Senhor, em vaso novo!

Esperança... é o sentimento expresso no olhar das pessoas frente aos últimos acontecimentos na Igreja com a eleição do Papa Francisco. Esperança de sermos transformados em um vaso novo.

Esperança porque estávamos nos sentindo um pouco sós, esquecidos... estávamos nos sentindo como vaso quebrado.

Sua chegada com o sorriso do pai acolhedor, amigo, companheiro e de firmeza, mas ao mesmo tempo doçura no falar, reanima-nos, reavivando em nossos corações a fé em Jesus Cristo, manso e humilde, mas firme e convicto de sua missão e mensagem.

Essa Igreja, que acolhe a todos sem distinção, que a todos recebe com amor e que de todos necessita para caminhar e continuar construindo o Reino de Deus aqui na Terra, estava um pouco "morna", sem tanto entusiasmo e paixão. Sentimentos que devem ser fortes em nós, que devem fazer-nos queimar de amor e nos jogar em águas mais profundas sem medo dos mares bravios. Não me refiro ao sentimentalismo barato, que faz arrepiar e derramar lágrimas, mas ao sentimento que mexe conosco, que nos tira do marasmo, que nos leva a lutar sem medo da morte, que nos faz encher o peito e alto proclamar, sem vergonha, o nome do Senhor em todos os lugares aonde estivermos. E que também, por coerência, nos leva a estender a mão e ser solidários com o outro, que nos leva a ser compassivos, misericordiosos, caridosos e fraternos, seja o outro quem for, pois no outro está o Cristo, nossa Salvação.

Todos nós queremos viver essa Igreja de Jesus como Ele a pensou: partilhando, dividindo, somando o pão,  o sorriso, os valores cristãos, o espírito de convivência despojada e preocupada com o outro. Não queremos viver como algumas "igrejas particulares" nas quais temos visto o "Eu" falar mais alto, o poder parecendo ser a única razão capaz de fazer com que fiquem, como se a igreja fosse um reino desse mundo. E o pior é que esses alguns se tornaram cegos, a ponto de não aceitarem o que está escancarado e sendo visto pelos demais, infelizmente, pobres cordeiros acurralados, medrosos, sem voz e sem vez.

Muitos se debandaram da Igreja, é fato. É certo que não importa a quantidade e sim a qualidade, mas é certo também que algo estava errado. Ninguém vai embora sentindo-se acolhido e amado.  Quem ama fica. Porém, é necessário pensar que quem ama quer também se sentir amado e importante no grupo ao qual pertence. Importante e com o mesmo valor que os demais e não apenas mais um ignorado e desprezado nos seus dons. Dons concedidos por Deus para ser colocado a serviço. Dons que muitas vezes ficam enterrados, não porque queremos, mas porque ficamos sem jeito de chegar aonde parece não ter mais espaço, afinal, eles estão ocupados por um grupo que se tornou "elite" e que não percebe a necessidade de abrir a roda e colocar todos nela sem medo de perdas. Muitos, infelizmente, são tão espaçosos a ponto de ocuparem todos os lugares que são destinados a TODOS e não a uma minoria.

Esse lado enfraquecido da Igreja é a sua parte humana. É indiscutível que a divina é inabalável e é por isso que continua de pé. Por isso a ESPERANÇA! É o que sentimos no ar com as atitudes desse novo Francisco que veio a mando de JESUS para restaurar nossos corações, alertar-nos sobre a vivência do Evangelho e sobre o ser de DEUS e não desse mundo, mesmo vivendo nele.

Que o coração de todos seja tocado pelo mensageiro do Senhor, o Papa Francisco, e transformado em um vaso novo no qual possa ser depositado água cristalina e pura, para saciar a nossa sede de Deus e de serviço, próprios dos herdeiros do Pai ávidos em fazer a Sua vontade.

A Igreja jamais penderá, pois é divina; mas nós, a sua parte humana, precisamos zelar por ela com cuidado para não sermos motivo de escândalo e do afastamento de muitos. A tempestade vem, inevitavelmente, ora mais fraca ora mais forte e suas estruturas humanas podem até balançar, mas, por ser de Deus, permanecerá firme como a rocha: 


Perdoa-nos, Senhor misericordioso, pelo mal que fazemos e pelo bem que deixamos de fazer!
Renova-nos, Senhor, com teu amor, e nos transforme em novas criaturas para um mundo novo!

Um Vaso Novo

Thalles Roberto

Eu quero ser,senhor amado,
Como um vaso nas mãos do oleiro
Quebre a minha vida e faça de novo
Eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo

Como tu queres, senhor amado
Tu és o oleiro e eu o vaso
Quebra a minha vida e faça de novo
Eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo


Sonda-me, Senhor! Usa-me, Senhor! Eis-me aqui!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Francisco de Assis, o irmão de todos



Sempre fui devota de São Francisco de Assis.

O que mais me chamava a atenção na figura desse homem que se santificou ao longo de sua vida,  foi seu extremo desapego dos bens materiais, ele que era de família rica, belo e tinha tudo que quisesse aos seus pés. Mas nada do que tinha aquietava seu coração, que batia sempre à procura de algo mais profundo e que  desse novo sentido à sua vida. E nessa procura, conseguiu silenciar-se e dar espaço para Deus falar. Então aconteceu o que, na sua época, foi um verdadeiro absurdo: deixou tudo e foi servir a Cristo inteiramente, de corpo e alma e sem nada desse mundo para interferir na sua relação com Deus e com o irmão.

Ninguém entendia como um homem rico, bonito, desejado pelas mais belas donzelas da época pudesse querer outra coisa e viver na extrema pobreza. Causou escândalo aos olhos dos que não acreditavam poder haver vida além daquela que o mundo oferecia. Isso não o abalou, porque um bem e um amor muito maior encontrou em Cristo. NEle encontrou o tesouro de seu coração.

Sofreu no seguimento de seu novo caminho, mas isso só lhe dava mais forças para continuar. Amou todas as criaturas do Senhor: animais, natureza e aos mais pobres e sofridos, aos renegados pela sociedade, dedicando todo seu amor, toda sua caridade, todo seu olhar de compaixão.

Deixou lições do caminho da santidade para toda a humanidade. Foi o homem que se santificou pelo acolhimento, pelo desapego, pelo abraço forte e compassivo para com toda as criaturas do Senhor. Abraçava leprosos, acolhia doentes e sofridos, recebia os abandonados, os esquecidos e rejeitados pela sociedade ambiciosa e elitizada.

Amou a pobreza e viveu nela. Dormia numa caverna sobre rochas. Sofreu por ver que o espírito de pobreza e desapego pregado por Cristo e seguido à risca por ele, não era entendido pelos seus confrades. Morreu cedo, cego, mártir e santo!  

Ahhh Francisco, se soubesses que teus exemplos ecoariam pelo mundo e seriam vividos até hoje por tantos, sentiria-se um pouco mais aliviado!

Ahhh Francisco, se soubesses que muitos até hoje ainda não entenderam seus anseios e vivem do mundo, sentiria-se triste!

Ahhh Francisco, sei que, independente de qualquer atitude do outro, jamais abandonaria sua causa, porque  você, de fato, encontrou o maior de todos os tesouros e soube viver como Jesus quis. Seu coração, embora calejado, foi muito feliz, mais que todos aqueles que vivem no luxo, na riqueza e no egoísmo.

Hoje, Francisco, és o santo da devoção de milhares espalhados pelo mundo! 

Hoje, São Francisco recebe a homenagem de um papa, o Papa Francisco, porque é de pessoas com esse carisma de que o mundo está carente. E de atitudes como as desse santo de que o mundo precisa para voltar a ser mais humano!

São Francisco!
Intercedei pelo nosso novo Papa!

São Francisco!
Rogai por nós!


quarta-feira, 13 de março de 2013

Conicidência dos números



Incrível as coincidências dos números no anúncio do nosso novo Pontífice: 3h13 da tarde no Brasil, no dia 13 /03/13! E ele é argentino! Jesuíta! Latino-americano! Escolheu o nome de Francisco! Bom sinal para os novos tempos! A Igreja está em festa e nosso coração arde de alegria. Que o Papa Francisco, com sua humildade, sabedoria e espírito de serviço enfrente, sob as luzes do Espírito Santo, corajosamente, a grande missão de levar a paz, o amor, a fraternidade, o diálogo promotor da união e da justiça a todos os povos. Que Deus o abençoe! 
Rezemos por Ele!



Habemus Papam


Sim, temos Papa! Já não estamos mais sós! 
E veio um inesperado: argentino!!! 

Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio
Louvado seja Deus por nos enviar seu escolhido para guiar a Igreja, que vive, atualmente, momentos difíceis.

E ele é o primeiro Jesuíta, o primeiro latino-americano, o primeiro Francisco. Não Francisco I, o que só acontecerá se algum dia existir o II.

Nome inspirado em São Francisco de Assis, o santo que se entregou ao seguimento do Cristo na pobreza, na simplicidade, no amor às criaturas, à natureza e aos mais pobres e sofridos. Nome que o chamará sempre à missão de apóstolo desapegado e seguidor fiel do Cristo.

É disso que estamos precisando: de alguém com o carisma de São Francisco num mundo cada vez mais apegado ao materialismo.

É disso que precisamos: de alguém disposto a caminhar na direção do povo, entender seus clamores e necessidades, estender-lhe as mãos.

Precisamos de Francisco para mostrar ao mundo que é necessário voltar-se para Deus e ter gestos e atitudes de mais amor e fraternidade, de mais respeito à vida em toda sua dimensão.

Francisco veio para ser o primeiro em muitos aspectos, mas, sobretudo, para servir como servo fiel e amoroso, disposto a enfrentar os mares agitando à frente da barca de Pedro.

Que nosso Francisco, irmão argentino, seja o que Deus espera dele.


Que nós outros rezemos por Francisco e lutemos pela nossa fé e nossa igreja, defendendo-a como verdadeiros guerreiros de Cristo.

sábado, 2 de março de 2013

O maior dos sentimentos: AMOR


O amor é o único sentimento que nos transforma, tornando-nos pessoas melhores. Sem ele a caridade, a misericórdia, os gestos de fraternidade e o perdão não existiriam.

Só o amor verdadeiro é capaz de elevar o outro dando-lhe novas perspectivas de vida. Só ele é capaz de fazer alguém sair de si mesmo e olhar ao redor, ver a dor e a alegria do outro e com ele  partilhar, ajudar, acalentar.

Sem o amor seríamos como galhos secos que não mais produzem; raízes mortas que não conseguem mais fazer o verde brotar; terra rachada incapaz de permitir a vida florescer.

O amor nos eleva ao patamar dos grandes, não em poderes terrenos, mas em atitudes generosas, desapegadas, voltadas para o bem.

Sem o amor nossas ações se tornam gestos vazios, descompromissados, falsos e que visam apenas a autopromoção.

Com o amor até nosso olhar fica diferente, ganha novo brilho, olha diferente e consegue enxergar o íntimo do outro e entender seus porquês.

Quem ama quer estar ao lado do amado, seja para dar risadas, seja para enxugar os prantos, seja para abraçar e não dizer nada, seja só para olhar nos olhos e sem fazer nenhum alarde, proclamar bem baixinho: amo você! Conte sempre comigo!

Quem ama nunca está só, porque receberá de volta todo o amor que espalha. Terá o amado ao seu lado, mesmo distante. Terá suas orações, terá suas forças, terá seus pensamentos, suas energias...

Quem ama é amigo, companheiro, irmão, filho, pai, mãe. O amor vai muito além de apenas desejos físicos, estes, muitas vezes, confundido com o verdadeiro amor.

Quem ama diz ao outro: Eu te amo! E diz não porque tem segundas intenções; diz porque o que sente é divino, arde no coração, é puro, expressa o amor de Deus.

O amor verdadeiro vem de Deus e é com ele, que aprendemos a amar desinteressadamente, pensando apenas na promoção do outro.

"Sem amor eu nada seria", nada seríamos.

Se ele reinasse mais no mundo, estaríamos vivendo em paz e andaríamos pelas ruas de mãos dadas, abracaríamos sem medo de sermos mal interpretados, beijaríamos o rosto do amado e olharíamos não para ver sua aparência, como se vestem, como andam e sua posição social. Olharíamos para ver suas necessidades, para ver o que poderíamos fazer para estar perto e oferecer ombro para sorrir ou chorar.

Amor é isso: é ver no outro alguém que sofre, ama, sente dor, sorri, chora, enfim, alguém que passa tudo pelo que passamos e precisa tanto de nós quanto nós dele.

Amor só pode ser sentimento desprovido de segundas intenções, olhar compassivo e mão estendida. Não havendo isso... não é amor verdadeiro.

Ama-se assim o pai, a mãe, o irmão, o sobrinho, o namorado, o esposo, o filho, o amigo, o desconhecido...

Ama-se assim o outro, seja ele quem for!


sexta-feira, 1 de março de 2013

Limites



"Tudo tem limites!" Frase dita inúmeras vezes em inúmeros e variados contextos. Porém, na maioria deles, fica apenas no campo teórico em que, por sinal, funciona muito bem. Na prática é, literalmente, esquecida, permitindo agir livre e inconsequentemente.

No grupo de nossas relações pessoais, sempre há alguém mais íntimo com o qual nos aventuramos a brincar sem pensar nos limites e possíveis consequências.  E como é duro quando uma delas não é vista com a mesma ingenuidade com que foi feita! E o pior ainda é quando ela deixa a quem nos é  especial, ofendido, chateado, nervoso. Se for feita com a intenção de ser irônico e assim for entendida...tudo bem, afinal, colhemos o que plantamos.

Com todos nós isso acontece, principalmente, quando estamos acostumados a brincar com frequência. Só tem algo que, raramente, lembramos: todos tem sua hora boa, em que aceita a brincadeira e a devolve. Mas... todos têm momentos em que não estão bem. É aí que mora o perigo!

Nessas brincadeiras de mal gosto acontecem de tudo, até morte (sem exagero)! Todavia, como tudo foi feito, inicialmente, com a melhor das intenções, só depois vem o peso e a culpa por ter agido sem medir os prováveis efeitos.

Quando magoamos alguém querido, o peso que passamos a carregar é grande, mesmo após as devidas explicações, os pedidos de desculpas e de ter sido desculpado. O que foi falado ou escrito não dá para ser apagado como um rabisco feito a lápis na folha limpa de um caderno sem que deixe marcas. Mesmo que tentemos, essas marcas, inevitavelmente, ficarão no coração, na mente e a mexer com a consciência  levando a repensar atitudes.

"O que foi feito não está por fazer." Essa outra frase deve ter sido dita por alguém que ultrapassou os limites e aprendeu a lição. 

Assim, é bom começar a colocar em prática o "tudo tem limites". Ou fazemos isso ou continuaremos a dar chute em ponta de faca achando estar, apenas, chutando bola macia. E é bom também pensar que o outro é como nós: nem sempre está aberto a brincadeiras, pois nem todo dia está com o humor lá nas alturas. Palavras ditas hoje podem ser motivo de fortes gargalhadas ou machucar e ofender.

"Palavras tem força": uma outra verdade nesse conhecido dito e que se agrupa às acima. Refletir sobre ela é importante, mesmo que já tenha sido dita incontáveis vezes em relação ao outro. Sim, porque quando é com o outro, não sentimos na pele seus efeitos, embora achemos estar sendo profundos, maduros e sábios. Ao acontecer conosco...aí sim, assume sua real dimensão!

É... tudo tem, de fato, limites!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Testemunha da história



Sou feliz por pertencer à família do Povo de Deus e atitudes como a do Papa Bento XVI são ricas de sabedoria e ensinamentos, como o de nos convidar a rever conceitos sobre poder, coragem, amor, humildade, renunciado ao cargo de Papa da Igreja Católica.

Agradeço a Deus por conceder-me a graça de viver este momento histórico, no qual a Igreja terá um Papa emérito e outro em pleno exercício de sua missão. Poucos presenciaram isso na história do cristianismo! 

Jesus, nosso Mestre e Salvador, continua a nos evangelizar através das palavras e ações de seus discípulos hoje!

Agora Ele nos ensina o que o amor de quem verdadeiramente ama é capaz de fazer: renunciar ao mais alto poder da Igreja por não se sentir capaz fisicamente para continuar guiando os passos dos fiéis da igreja de Jesus Cristo. 

Especialmente hoje, ao falar a uma multidão na Praça de São Pedro, em Roma, via-se serenidade em seu olhar, em seus gestos. Ele está em paz, pois sabe que fez o que é certo, sabe que está fazendo a vontade do Pai e sabe que a Igreja estará nas mãos de alguém tão fiel e amoroso quanto ele e tantos outros que sucederam a Pedro.

Vou rezar muito para que continue vivendo em paz e com toda essa serenidade, própria de quem cumpriu com dignidade sua missão e continuará a fazê-lo, agora de outra forma, no recolhimento e na oração.

Eu não vive muito, mas o suficiente para testemunhar a passagens de Papas que marcaram os caminhos de nossa Igreja:João XXIII, um santo e morreu antes mesmo que pudesse entender a existência de um Papa; Paulo VI, o primeiro de minha vida já consciente do que é ser de Cristo. Na sua morte, sofri a partida de alguém muito amado; João Paulo I, o que passou rápido e sereno como uma brisa e deixou a marca do sorriso do qual jamais me esquecerei; João Paulo II, o que correu mundo e nos deu a alegria de ver um Papa pisar pela primeira vez o chão do Brasil - o Papa Santo; e agora Bento XVI, o que assumiu já na velhice, e o que tomou a decisão mais corajosa que vi nos últimos tempos: renunciou por amor.

Sou testemunha ocular de momentos fortes da Igreja Católica. Sou também testemunha de mudanças aceleradas no mundo. Estou nesse barco e vejo que Deus me reservou tantos bens! Todos eles, com certeza, com a finalidade de me ensinar a ser fiel e forte, a ser corajosa e humilde, a ser desapegada e a entender as pessoas em suas alegrias e dores. Com lições tão grandes, minha responsabilidade e meu compromisso de amor e fé aumentam. 

Que eu, com a graça de Deus, possa chegar ao fim desta vida terrena, de forma tranquila por ter aprendido a lição e a colocado em prática. 

E que venha nosso novo Pastor com um coração santo e amoroso, a humildade dos pés descalços e o desapego de seu antecessor e sobretudo a força do Espírito Santo para conduzir a Igreja com todos os seus desafios atuais!


João XXIII
Paulo V
João Paulo I
João Paulo II
Bento VI


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Duas coisas necessárias


Apenas duas coisas são necessárias! 

Disseram-me isso há alguns dias e, provavelmente, dentro do contexto da conversa, de forma séria, brincalhona ou irônica, respondi. O interessante é que essa frase veio caminhando comigo e levando-me a algumas reflexões sobre a relatividade de tudo. No geral, minha resposta é uma: amor e paz, isso sem pensar muito. No particular, várias e várias outras surgem tão necessárias quanto a maior das maiores.

E assim, no universo de possibilidades infinitas...

O que me é necessário na hora da fome? Arroz e feijão acima de qualquer outro alimento saboroso.

Na hora do sono? Apenas encostar e dormir, independente da oferta de uma cama macia.

Na sede? Uma mão, feito concha, com água e mais nada nem mesmo a bebida mais cara e desejada.

Na ignorância? Um mestre e um livro vai bem além de uma escola completa com todo seu corpo docente e discente.

Na falta de roupas? Alguém com um pedaço de pano a me oferecer.

Na solidão? Quem esteja disposto a partilhar comigo suas alegrias.

No momento da raiva? Uma pessoa paciente disposta a me ver explodir, sem tirar-me esse direito.

Na hora de uma decisão? A compreensão e a força de quem está ao meu lado.

Na falta de dinheiro? Um trabalho que me dê o necessário para sobreviver.

Nos instantes de incredulidade? A lembrança dos meus pais me ensinando sobre fé.

Na tristeza? Meus amigos e um bom papo.

Sozinha e sem amor? Minha família e sua atenção.

É... só duas coisas, realmente, são necessárias, dependendo, é claro, do instante, do excesso, da falta. Tudo, no entanto, deixa de ser extremamente necessário, depois de conseguido.Vem, então, a próxima necessidade no próximo segundo . E assim "caminha a humanidade" cobrindo espaços vazios com o que mais lhe preenche.

Assim também sigo eu e minhas necessidades temporárias e eternas. Ah... faltou-me dizer essas, as eternas. Com toda certeza que há dentro de mim: meu amor a Deus, em primeiro lugar, e a crença na vida eterna. Com os dois, tudo o mais posso conseguir, pois é possível. E o que não é? Para Ele é! Isso me basta!