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Bem vindo(a)!

Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fim e recomeço

Como é interessante a vida! A gente vai sonhando novos sonhos assim que o anterior se realiza. Ainda bem que é assim, caso contrário, muito de sua beleza se perderia.
Lembro-me de quando sonhava com o meu primeiro emprego. Eram tantos planos! Era a afirmação de minha independência financeira e também a necessidade de assumir com mais maturidade a vida adulta e de trabalho.
Comecei e foi mágica a sensação de ter tarefas a cumprir,  responsabilidades a assumir e tudo o mais que acompanha a vida de alguém que se insere no mundo das pessoas compromissadas com a organização da sociedade. Meu primeiro salário... puxa! Devo ter feito mágica com ele!
E depois do primeiro passo, vários outros foram dados no decorrer de minha vida profissional. Mudanças de funções, mais compromissos, mudança de profissão... e acabei numa sala de aula rodeada por alunos de todas as idades. Fui professora da pré-escola ao Ensino Médio. Convivi com crianças, adolescentes, jovens e adultos. Ensinei, aprendi, partilhei e compartilhei. Sorri muito e derramei muitas lágrimas também. Tive altos e baixos. Errei e acertei. Tive bons propósitos e, em algumas vezes, não fui compreendida. Defendi o que acreditava e nunca me calei diante daquilo que achava errado. Procurei ser amiga, embora não tenha conquistado a amizade de todos. Normal. Ajudei sempre que percebia alguém precisando.
Vivi tudo que pude no meu trabalho e com toda intensidade possível, afinal, assim sou eu: emoção e sensibilidade à flor da pele. Esbravejei quando me sentia injustiçada, mas jamais deixei de pedir desculpas quando errava. Fui eu, ninguém mais.
O tempo passou, cresci, amadureci. Aprendi com as quedas e com as mãos que se estenderam para mim. Aprendi demais com aqueles com quem mais convivi: meu alunos. Tentei ser amiga, fui brava muitas vezes, mas procurei o tempo todo ser profissional e companheira. Claro que não fui perfeita, nem tive, em tempo algum, essa pretensão! Tentei dar o melhor de mim, embora tenha consciência de que, em muitas vezes, não consegui. Mas tenho também a consciência de que não foi por falta de vontade nem de esforço.
E... chegou o tempo de encerrar essa etapa. Encerro-a serena, feliz, em paz. Encerro pronta pra recomeçar. Não mais aonde estava, mas em outros espaços em que possa colocar toda a energia que tenho e a vontade de continuar produzindo. Quero e vou servir de outra forma. Só assim continuo sendo feliz. Se bem que ainda estou em contato com meu alunos, só que em outra escola e por lá fico por algum tempo. Que bom! Não cortei definitivamente o laço com aqueles que sempre foram a razão de minha profissão, melhor dizendo, de minha vocação!
Agradeço ao meu Deus por tudo que me concedeu nesse tempo. Agradeço por ter me dado a oportunidade de ter contribuído com a educação de tantos e por ter me proporcionado, através de meu trabalho, condições de ter uma vida digna e honesta no sustento de minha família.
Missão cumprida! Agora é pé na estrada na realização de outros sonhos que já fervilham meu coração irriquieto e sempre em busca de novas aventuras.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Instantes


O texto que se segue é de autoria desconhecida. Alguns, entretanto, atribuem-no ao escritor argentino Jorge Luís Borges, e outros, à escritora americana Nadine Star.
Resolvi colocá-lo em meu blog, pois gostei muito e gostaria de compartilhá-lo com aqueles que ainda não o conhecem. Ele nos ajuda a repensar nossa vida e nos convida a viver bem o presente a fim de que não venhamos, no futuro, a nos arrepender daquilo que deixamos de fazer, principalmente das coisas simples.
Leiam e se deliciem com tão sábias palavras!


Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais,contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida, claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria somente de ter bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de bons momentos; não percam o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda chuva e um paraquedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera a continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse uma vida outra vez pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.