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Bem vindo(a)!

Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Curiosidade

Somos curiosos?

Ninguém admite muito isso não. É... fica feio deixar público que queremos bisbilhotar, saber de tudo que se passa aqui e ali e ver tudo, mesmo que não sejam coisas nada agradáveis.

Mas, somos curiosos sim e essa curiosidade está mais ligada a fatos negativos do que aos positivos, por isso esse último não dá muito ibope. E, infelizmente, está dando margem à mídia de destacá-los e nos chocar. Bom, não era para chocar, se é disso que afinal gostamos. Mas nosso puritanismo nos diz que devemos nos sentir escandalizados, senão fica feio, repreensível, não pega bem.

Quer uma prova do que falo?

Alguém comprou um belo carro, está progredindo na vida... Isso não interessa, vai!

Fulano foi promovido a gerente de um grande banco... Não quero saber disso!

Tal cidade ganhou uma quadra coberta que atenderá seus jovens na prática de esportes... Uma só!? Conta outra melhor!

Uma família está comemorando 50 anos de casamento de seus pais... O que isso tem a ver com a gente?

Determinada região do país não sofre com excesso de chuvas nem com a falta delas... Pra que saber disso? Não me interessa!

Moradores de cidades pequenas vivem tranquilos, crianças brincam livremente nas ruas, portas ficam abertas... Ah, me conta outra vai, o que tem isso de mais?

Hummm, está vendo? Fatos corriqueiros, normais ou bons...deles ninguém quer saber.

Agora veja:

Houve uma acidente na BR 265 e morreram cinco pessoas... Nossa!  Chamem a TV, o rádio e o Jornal!

Enchente destrói casas e deixa centenas desabrigados... Vamos fretar um ônibus e ver de perto isso!

Avião cai e não sobrevive ninguém... Não saio da frente da TV e da Internet enquanto estiverem falando desse caso!

Sequestrador mantém refém sob mira de metralhadora já há mais de três horas... Vem pra cá, gente, vamos ver como vai acabar essa história!

Aiaiai! Como é deprimente isso!

Somos curiosos sim e gostamos de ver sangue. Que triste!

Dizem e acredito ser uma grande verdade, que coisas boas atraem coisas boas e as ruins atraem ruins. Bons pensamentos puxam o positivo para perto de nós, enquanto os maus só podem puxar os negativos. Quem sabe é por essa razão que a humanidade está caminhando para o caos?

Que tal lutarmos - e olha que não será fácil - para pararmos de nos interessar tanto pelo que de ruim acontece ao nosso lado ou longe de nós e buscarmos novos interesses como o de respeitar o outro e olhar com outros olhos para os fatos do dia a dia? Se o amor e o bem for o foco de nossas lentes curiosas, o mal deixará de dar espetáculo, pois não terá plateia.

A curiosidade está enraizada em nós, queiramos ou não aceitá-la. Mas vamos desviar o foco e quem sabe estaremos abrindo novas portas para a entrada daquilo que, de fato, nos fará melhores e trará mais bem para toda a humanidade.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

De quem é a culpa?

A ignorância do homem em relação à natureza é assustadora. É de se admirar que, quanto mais informação menos se tem agido com consciência e os atos de destruição vão se alastrando e deixando consequências.

Em tempos de seca, são as queimadas que tornam estéril a terra. Incrível como até hoje o homem ainda não percebeu que essa atitude só tem piorado a situação. O verde pode vir depois, mas com o tempo, ali não nascerá mais nada. E ele insiste! Ah... até lá não serei eu o prejudicado! Engano fatal!

Em tempos de chuva, o lixo jogado displicentemente nas ruas e em outros lugares impróprios entopem bueiros e faz estragos ao vir a enxurrada. E ainda existem alguns que jogam a culpa em Deus! Como Deus deixa tudo isso acontecer???!!! 

É... no final das contas, ninguém é culpado de nada, consciente ou inconscientemente. Ou melhor, Deus é! É aquela velha história de que todos passam a bola e ninguém quer estar com ela na mão quando a porta se abrir.

Os rastros deixados pelo homem são inapagáveis, se é que essa palavra existe. Fica difícil acreditar que haverá retorno. O que foi feito não está por fazer. E perdemos todos nós, que também não somos inocentes, mesmo que pratiquemos uma ou outra ação considerada heroica

A humanidade caminha exatamente para onde não quer. Pobre coitada! Não consegue nem pode mais desistir da caminhada que iniciou. E suspira profundamente pelo legado que deixará!

No silêncio do coração




Felicidade pode ser tão simples
E bem fácil de se encontrar
Por ela não é preciso muito andar
Pois está dentro do peito a palpitar.

Está também no silêncio do coração
que ama sem restrições o seu irmão
que busca incansavelmente Cristo todo dia
e sente seu sopro de amor espalhando-se no ar.

Se vagar ansioso por campos e colinas
Certamente seu precioso tempo perderá
Afinal, ela, o seu tesouro tão sonhado
Está ai dentro do teu peito a lhe esperar.

Estenda-lhe sem medo sua mão
entregue-se ao prazer de ser feliz
Caminhe livremente de pés descalços
na vastidão de teu interior repleto de amor.






sábado, 19 de janeiro de 2013

Manifesto contra a violência



Texto que escrevi para um manifesto contra a violência, realizado hoje em Itumirim, às 17h30, em frente à matriz, em razão de mais um assassinato ocorrido na cidade, o de Amauri Cléo de Mattos. Em sete anos, já são cinco assassinatos brutais cometidos numa cidade que era, até então, pacata e pacífica.

"A violência destrói o que ela pretende defender:
 a dignidade da vida, a liberdade do ser humano."

A paz com que tanto sonhamos e pela qual “dizemos” que lutamos está devagarinho deixando nossos lares, nossas escolas, nossas cidades. E ela está nos deixando, não por que quer, mas porque está sendo afastada, brutalmente e sem pedir licença, pela violência covarde e insana. Ela, ela mesma, aquela violência, que antes víamos acontecer somente pelos jornais, de longe, pela TV e nos canais mais sensacionalistas. Hoje ela, a violência, está aqui, invadindo nossas cidades pequenas; invadindo covardemente os lugarejos onde nos orgulhávamos em dizer que podíamos dormir até com as janelas abertas e que nossas crianças podiam brincar tranquilamente até tarde nas ruas.
É hora de agirmos! Não dá mais para assistirmos, como meros espectadores sentados confortavelmente em nossos sofás, essa vilã tirar nosso sossego, tirar nossa tranquilidade de ir e vir sem medo, tirar a paz de nossos pais que não conseguem mais dormir o sono dos justos enquanto seus filhos estão fora de casa!
Deus nos deu o maior de todos os presentes: a vida! E Ele nos deu a vida para que dela desfrutássemos de forma harmoniosa e feliz. E esse presente único, que só Ele, Deus, pode tirar, está sendo tirada por outro ser humano que também a recebeu como dom divino. A vida precisa ser respeitada em toda sua plenitude. Precisamos respeitar o outro, pois ele é como cada um de nós: sente como nós, sofre como nós, tem alegrias e tristezas como nós e também sonha e tem esperanças como qualquer um de nós.
E como conseguir que o respeito pela vida, o respeito pelo outro possa acontecer de fato em nossa sociedade? Nos unindo! Não dizem que a união faz a força? Então... a hora é agora, o tempo é este. Não vamos nos unir em torno de mais violência, mas buscando caminhos que a afastem de nosso meio. Comecemos pela educação na família. Que cada pai, cada mãe assuma seu papel de educar seu filho para o bem e para o amor. É na família que tudo começa. Ensinemos nossos filhos, desde o berço, a respeitar o outro, seja ele quem for, seja ele de qual raça, religião, nacionalidade, condição social for.
Outro caminho: nós e nossos filhos precisamos acreditar em Deus, ter uma religião, saber que acima de nós existe algo muito maior e que tudo governa. A família e a religião nos ajudam a pensar muito antes de cometermos qualquer ato errado e que prejudique o outro. Também entra nessa roda as escolas, os conselhos tutelares, as polícias civil e militar, o poder público enfim. Todos precisamos assumir o papel de educadores. Não adianta bater em quem já está calejado! Não resolve nada. Só serve para ensiná-la a bater também e mais.
Vamos nos unir e exigir de nossos políticos, eleitos por nós e que nos representam, a mudança nessa lei que mais tem protegido e deixando impunes os menores infratores do que dado a eles educação e condições de crescerem sadiamente. É inconcebível pensar que eles, aos 16 anos, têm condições e consciência para votar com maturidade, mas não têm para responder pelos seus atos covardes e que tiram a vida! E olha que não é só a vida de uma pessoa, mas tiram um pedacinho de cada um de seus familiares. Deixam pais sem filhos, filhos sem pais, irmãos sem irmãos e amigos sem amigos. Quanto sofrimento causam!?
Aqui, hoje, somos poucos, mas o pouco pode ser muito. Só que... é preciso começar! Queremos de novo ver a paz reinar aqui e em qualquer outro lugar! Vamos dar as mãos e começar a fazer a diferença expulsando de nosso meio o que está tirando de nós a paz de viver e a alegria de sorrir. É preciso banir de nosso meio o que tem feito tantas lágrimas rolarem!
Senhores políticos, nossa sociedade clama pela mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente no que diz respeito à maioridade penal. Sabemos que se isso não acontecer, ninguém poderá fazer mais nada e estaremos a mercê de quem não preza o direito de viver do outro.