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sexta-feira, 5 de abril de 2013

E se...


Existem fatos na vida da gente, que mesmo que quiséssemos, não conseguíramos explicar, pelo menos com sensatez.


Somos demais! Não no sentido de ser "dez" (embora alguns sejam!), mas no de ser além da conta.

Tomamos atitudes que recriminamos. Sem querer (ou querendo) sabe-se lá, e, com  jeito impulsivo, quando vimos... já fizemos e pronto. Depois, fica a sensação de não ter agido como deveria. E aí? O que fazer se não conseguimos nos segurar quando é preciso? Vem, então, consciência pesada, arrependimento, tentativa de corrigir o erro, de consertar o inconsertável.

Tem horas em que isso é pior. Falamos, falamos, falamos... e mandamos entregar. Depois deletamos... fácil no mundo virtual, tarde no real. E temos, geralmente, nossos alvos preferidos: os que estão perto e a quem consideramos muito. Se é com os outros, fora desse grupo reduzido, desculpamo-nos e pronto. Já com o grupo do  coração, fica martelando  na cabeça, incomodando. Sentimo-nos como uma criança nessas horas: verdadeira, ingênua, mas pirracenta, sem senso de acerto e erro, inconsequente.

É difícil para alguém que não nos conhece profundamente chegar a nos entender.

O que fazemos,  em muitas vezes achamos ser imperdoável... porém, como o alvo desse bombardeio sempre tem seu lado compreensível (ou pelo menos esperamos que tenha!), sabemos que seremos perdoados, embora achemos que não deveríamos.

Quando ficamos olhando e pensando no que fizemos ou estamos fazendo, uma angústia, geralmente, invade a alma. E o tempo passa...  e lá estamos nós a fazer tudo novamente. Tem jeito? 

Às vezes, prestes a cometer algumas dessas loucuras ... falamos para nós mesmos que não devemos. Só que a cabeça dura costuma não deixar e acabamos achando não estarmos errados, pois só estamos abrindo o coração para quem nos entende e lida bem com isso.

Ai ai, juízo, aonde você foi parar quando mais precisamos de você!?

Dizem que quando jovens, somos ousados, atirados, voluntariosos, destemidos... e de fato o somos. No entanto, por que certas atitudes os jovens deixam de tomar quando as deveriam ter tomado? 

E por que só quando na idade adulta ousam fazer o que não se teve coragem na juventude? Que cabeça sem graça essa, né! 

Existem pessoas que quando ficam mais velhas, endoidecem de vez! E como endoidecem! Será que somos uma dessas? Provavelmente. E burros também, pois nessa doidura toda, só conseguimos abrir o coração nas entrelinhas.Temos vontade de revelar claramente o que está nele! Dizer sem medo de olhar nos olhos, sem vergonha, sem constrangimento de dizer o que, infelizmente, não adianta mais, afinal... a hora ficou no passado; agora não faz mais sentido. 

Está vendo como não conseguimos, nem quando tentamos sinceramente e de boa vontade, sair das entrelinhas?

Pegando um pedacinho de Milton Nascimento: tem coisa que é "...pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração" para sempre!

E para sempre ficar se lamentando, com frases de arrependimento:

- Por que um dia lá no alto, sentado ao lado... não falei?
- Por que numa tarde que foi aos poucos escurecendo, sob a luz do luar...não falei?
- Por que tantas e tantas vezes fiz o tempo passar e enrolando fui levando e... não falei?
- Por que não perguntei quando poderia ter ouvido uma resposta que não a "pode falar que gosto de ouvir suas partilhas."?
- Por que só agora que é tarde demais e quando o tempo, terrível juiz dos indecisos, não volta mais? 
- Por que só agora, quando as oportunidades passaram, os caminhos foram seguidos em rumos opostos, a vida se fez meio, dividiu-se?

Ah! Como é triste o lamento de quem deixou a caravana passar!

Poderíamos ter, um dia, lá atrás, ouvido um "não". Teria doído, (quem sabe?!), mas passado. A incerteza de quem deixou de fazer ou de falar, hoje, é pior. A covardia e o medo nos impediu de, pelo menos, saber.

E "a fila andou"... a barca seguiu mar adentro. E como se num sonho estivéssemos, em que tudo se mistura e nada é claro, tentamos levantar os olhos e pelo menos ver o que o mar levou e não traz mais de volta. Ainda vemos no horizonte a barca, mas longe, longe demais, intocável. E do lado de cá, na praia... nós, os que não souberam ousar, embora, talvez, ousemos, agora, além do conta, quando já não mais faz diferença e não se pode nem mesmo acrescentar um "pingo" no i!

Sentirmo-nos como um mudo que tenta gritar e não consegue nem pode é duro! Então... é segurarmos a mão dos que ao lado estão e caminhar sendo feliz e fazendo ser.

Que tal sermos mais diretos nas nossas relações? O ficar pensando demais para fazer, pode não ser um bom negócio numa época em que as oportunidades não ficam a esperar por tempo indeterminado. Se deixarmos passar... ficaremos com a sensação de que alguma coisa poderia ser diferente hoje. É claro que me refiro àquilo que não nos prejudicará nem ao outro. Mas refiro-me a atos simples, que podem fazer muita diferença e, principalmente, podem nos impedir de carregar conosco algo pela vida a fora sem, ao menos imaginar, se teria dado certo ou não, se teria sido melhor ou não, se teria valido a pena ou não!

É isso...



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