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Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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sábado, 28 de novembro de 2015

Finalmente é hora de decidir

Decidir não é fácil. Demanda esforço, tempo, reflexões, lágrimas, ansiedades são geradas, coração fica apertado e inquieto, vêm constantemente lembranças boas e ruins e se fica cheio de dúvidas cruéis.
Para se chegar a uma decisão acertada, busca-se ajuda na oração, em conversas com amigos que partilham dos mesmos sentimentos e também com os que pensam diferente. A cabeça vira algo meio doido, cheia de pensamentos que ora ajudam ora cumprem o papel de deixar tudo mais confuso ainda. E se vai protelando, dando tempo ao tempo; afinal, como dizem por aí,  ele é o melhor remédio. E acaba sendo mesmo! Passa um, dois, cinco, trinta dias...de repente se foram três, quatro meses ou bem mais. E o alvo de tantas incertezas, torna-se uma certeza.
Sem dúvida, decidir depois de um tempo fica mais fácil.
Decide-se, então, dar um não para o que um dia fez tanto bem, agora já sem tanto sofrimento. O tempo cura a falta, cura a dor, ajuda apagar lembranças e apegos.
O que fica no momento é a pergunta: o que fazer para ocupar o lugar que por tanto tempo foi um porto seguro? Para quem crê, resta ficar na escuta dos planos de Deus com seu coração de Pai. Em que águas Ele pretende lançar o que agora está livre?  O que eram seus planos quando fez o convite para entrar na barca deixada depois de tanto nela navegar? Não dá para saber por enquanto. Só que foi muito bom enquanto durou. O melhor foi dado enquanto navegava-se em águas calmas, mas não há de se negar que foi deixado vir à tona também um pouco do pior. Humanos e seus altos e baixos!!!
Agora, depois da decisão tomada, uma estrada se apresenta e é necessário por ela caminhar. O que encontrar? Só Deus sabe. A única certeza é a de que valeu a pena o que se viveu e tudo será feito para que também valha, na mesma ou em medida maior, o que se enfrentará como nova missão.
A do passado ajudou a contar a história e a nova dará continuidade a vidas que desejam servir a Deus e ao próximo seja aonde for.
Finais de histórias costumam ser tristes, mas só terminando uma para iniciar outra; tudo é feito de recomeços todo dia. O importante é se lançar sem medo de se afogar em águas estranhas e profundas.
Valeu a pena ter se aventurado tanto nas antigas águas que passaram a seguir um curso diferente? Muito!
Valerá a pena entrar noutro mar, no desconhecido? Claro! Senão a vida perderia seu sentido.
Muita coisa boa está por vir. Muitas outras batalhas a serem travadas. Muitas lágrimas, sobretudo muitos e infinitos sorrisos, afinal tudo isso levará para o lugar sonhado por Deus e desejado pela alma inquieta e sempre à procura! E só pode ser maravilhoso!!!
Adeus ao que ficou e bem vinda nova vida!

Não se deixa passar oportunidades

Os dias passam, os momentos se vão e com eles as oportunidades que não poderiam ter sido desprezadas. E são muitas as que levam com elas sonhos, possibilidades, outras histórias ou não...nunca saberemos.
A insegurança tem parte nesse complô do tempo e o medo dá a sua força, pois pressente não ouvir o que se deseja. Assim, de medo em medo, de frases como "deixa pra depois" vamos adiando à espera de um novo instante adequado ou da tentativa de criação de algum, mas...acaba não acontecendo. Quando nos damos conta, o tempo não colaborou, os caminhos se desenrolaram e as vidas tomaram rumos opostos. Tudo ficou irreversível. Sobrou apenas a angústia de não ter sido mais ousado, de não ter vencido a covardia e de não ter lutado contra o pânico diante do "não".
Criaturas medrosas somos nós que deixamos seguir o que gostaríamos que ficasse; que achamos que haverá outras chances, nos esquecendo de que algumas são únicas. E, quando percebemos que o tempo passou, pois passa, as vidas se fizeram e nem se quisesse muito, seria possível alguma coisa mudar por causa das crenças, das convicções, das convenções, dos valores conservados e fortalecidos e do que ficou após a passagem do último trem.
Avante, pois tudo segue; nada pára para esperar por alguém ou por alguma coisa solta no ar ou presa no coração!

Sabemos pouco de tudo

Somos uma interrogação o tempo todo. Só sabemos o agora e é nele que podemos agir provocando o bem ou espalhando o mal. E, tanto um quanto o outro, são frutos do coração que não pode esperar para se decidir no próximo segundo.
A vida ensina, dia após dia, como viver, mas as lições, que proclamamos em alta voz termos aprendido, descobrimos não ter sido bem assim. A cada esquina uma surpresa, embora muitas vezes a tivéssemos atravessados sem nos dar conta daquela antiga loja, agora, de portas fechadas; de alguém que não passou na mesma calçada naquele dia; de um silêncio ou um barulho maior em meio aos passantes costumeiros e aos novos não notados. E no final do dia, acreditamos ainda estar num daqueles que julgamos terem sidos iguais aos demais: chatos, cansativos, sem novidades.
Só que não! Tudo é novo a todo instante, sem repetição, sem as mesmas caras, os mesmos olhares nem a brisa ou o sol castigante. Aquela pessoa que esbarra em nós ao cruzar a faixa de pedestre, correndo para não perder o próximo ônibus, pode esconder a dor de uma perda, a saudade de um amado, a alegria de uma chegada, o vazio de uma solidão. Na calçada que conduz ao nosso destino, buracos feitos pelo acidente de ontem ou pela tentativa frustrada de algum conserto, achamos ser os mesmos de há muito tempo. Atrás de um olhar que se dirige a nós, uma angústia doída, provocada pela decepção com os amigos que não perceberam sua dor ou perceberam, mas não fizeram caso dela.
Tudo muda a todo instante. Só não mudamos nós enquanto olharmos unicamente para dentro de nós mesmos, com as nossas ambições veladas, intenções camufladas, verdades ocultas por pequenas ou grandes mentiras ditas para fugir do que não se quer enfrentar.
Muda tudo ao nosso redor e continuamos a achar que estamos à frente do tempo, acima de qualquer outro, afinal, tiramos o pé daqui e colocamos ali! A nossa verdade se torna absoluta e cremos não precisar da experiência do outro, que na nossa mesquinha ou "grandiosa" concepção de novo e aprendizado, já chegou ao topo, embora falemos que ainda temos muito a aprender.
É... não sabemos nada, mas nem sempre aquele que viveu mais uma hora, um dia, dez ou cinquenta anos a mais e, no seu nada, pode haver uma ou muitas pitadas de saber úteis nos nossos próximos passos ou na virada da próxima esquina.
É... mesmo que colhamos saberes ao longo dos anos vividos, ainda teremos milhares nas colheitas seguintes e imprevisíveis, mesmo que tenhamos traçado, meticulosamente, todas as metas para alcançarmos nossos objetivos.
Somos uma interrogação que busca mais, sempre mais; jamais um ponto final a encerrar toda e qualquer nova possibilidade.