Apenas duas coisas são necessárias!
Disseram-me isso há alguns dias e, provavelmente, dentro do contexto da conversa, de forma séria, brincalhona ou irônica, respondi. O interessante é que essa frase veio caminhando comigo e levando-me a algumas reflexões sobre a relatividade de tudo. No geral, minha resposta é uma: amor e paz, isso sem pensar muito. No particular, várias e várias outras surgem tão necessárias quanto a maior das maiores.
E assim, no universo de possibilidades infinitas...
O que me é necessário na hora da fome? Arroz e feijão acima de qualquer outro alimento saboroso.
Na hora do sono? Apenas encostar e dormir, independente da oferta de uma cama macia.
Na sede? Uma mão, feito concha, com água e mais nada nem mesmo a bebida mais cara e desejada.
Na ignorância? Um mestre e um livro vai bem além de uma escola completa com todo seu corpo docente e discente.
Na falta de roupas? Alguém com um pedaço de pano a me oferecer.
Na solidão? Quem esteja disposto a partilhar comigo suas alegrias.
No momento da raiva? Uma pessoa paciente disposta a me ver explodir, sem tirar-me esse direito.
Na hora de uma decisão? A compreensão e a força de quem está ao meu lado.
Na falta de dinheiro? Um trabalho que me dê o necessário para sobreviver.
Nos instantes de incredulidade? A lembrança dos meus pais me ensinando sobre fé.
Na tristeza? Meus amigos e um bom papo.
Sozinha e sem amor? Minha família e sua atenção.
É... só duas coisas, realmente, são necessárias, dependendo, é claro, do instante, do excesso, da falta. Tudo, no entanto, deixa de ser extremamente necessário, depois de conseguido.Vem, então, a próxima necessidade no próximo segundo . E assim "caminha a humanidade" cobrindo espaços vazios com o que mais lhe preenche.
Assim também sigo eu e minhas necessidades temporárias e eternas. Ah... faltou-me dizer essas, as eternas. Com toda certeza que há dentro de mim: meu amor a Deus, em primeiro lugar, e a crença na vida eterna. Com os dois, tudo o mais posso conseguir, pois é possível. E o que não é? Para Ele é! Isso me basta!
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