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Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Iguais... por que não?

         Tempo nublado, dia chuvoso... e eu aqui a pensar em mim mesma e nas outras pessoas. Acho que, embora tenhamos aparências diferentes, personalidades e temperamentos aparentemente distintos, somos mais parecidos do que imaginamos. Dizem por aí que "todos somos farinhas do mesmo saco", embora esse dito seja um pouco vulgar, não discordo dele.
           Vejamos em que somos parecidos...
        Diante de uma grande alegria, não há quem não queira partilhá-la com o outro, sair distribuindo sorrisos, dizendo bom dia até mesmo para aqueles a quem nunca viu.
        Em meio a tristezas, difícil quem não derrame lágrimas e não fique com aquele aperto no coração querendo se esconder do mundo. Alguns não choram, porém sofrem mais, exatamente por não conseguirem extravasar o que lhe corrói a alma. 
        Ao ganhar um presente é impossível não ficar feliz; se não for pelo presente, certamente é por que o outro demonstrou consideração. Ao presentear, que bem enorme faz contemplar o sorriso estampado no semblante do presenteado! E esse, podem ter certeza, tem os mesmos sentimentos: alegria por receber a lembrança (nos dois sentidos da palavra).
        Diante da dor alheia todos dela compartilham. Alguns mergulham tanto na dor do outro, que chegam quase a sentir o mesmo. Eu sofro junto com aqueles a quem até mesmo não conheço. Costumam rir de mim, quando choro simplesmente por ver alguém na TV chorando. "Você nem os conhece!" "Isso não é real, são personagens!" é o que  me dizem. Não ligo e continuo. Choro ao ler um livro, ao assistir um filme ou novela em que cenas fortes me tocam o coração. E não acho que seja "boba" por isso! Apenas vivo intensamente tudo e imagino que cenas como essas acontecem na vida real! Isso me basta! E como eu, tem muita gente espalhada por aí tendo as mesmas reações! Quanto aos que não as têm, respeito: primeiro, pelo direito de reagirem conforme manda seu coração, é claro; segundo, pois acho que estão sentindo o mesmo, só que não demonstram.
        Diante da visão da fome, de corpos com ossos à mostra, pés descalços, olhos amargurados... todos sentem; pena que nem todos os sentimentos se transformem em gestos concretos capazes se reverter tal situação. Assim é a maioria das pessoas, infelizmente. Todos "sentem muito", podem fazer alguma coisa... mas poucos saem dessa situação cômoda e realmente fazem acontecer!
        Datas especiais... ah, nessas datas, reagimos de forma muito parecida mesmo! Quem não tem um aperto no coração no Natal? Ele afeta de alguma maneira todo mundo! É uma data em que a família se torna o centro. Para aqueles que a tem à sua volta, é um dos melhores momentos; para os que falta alguém... passa a ser uma data de lembranças, saudades, melancolia. E esse sentimento de melancolia também bate forte em quase todos nós ao ver que, num momento em que se celebra o nascimento e a vida, muitos morrem por aí esquecidos, sem lar, sem Deus, sem nada...
        Na relação entre pais e filhos, nada acontece muito diferente. Quase não há pais que não vibrem com o sucesso do filho nem filhos que não valorizem seus pais. Pena que ainda existam filhos que passam a dar esse valor muito tarde, e outros, coitados, só o fazem depois que seus pais partiram para nunca mais voltar. Pena também, que alguns pais se preocupem mais com eles mesmos, com seu trabalho e, quando se lembram dos filhos...esses já se perderam.
      No momento da morte, é comum o "falecido" se tornar uma boa pessoa na boca de todos. Ironicamente, até mesmo na de seus inimigos.  E não há quem  nesse momento não faça sérias reflexões sobre sua própria vida, prometendo a si mesmo mudanças sérias e profundas. Passado algum tempo... tudo volta ao normal e a promessa feita fica no esquecimento. Talvez uma ou outra "coisinha" mude, mas não são  mudanças realmente significativas.
       Ganhar na loteria... quem não sonha? A casa própria é elemento indispensável nos projetos de qualquer adulto. A aquisição do carro, que hoje cantam aos quatro cantos não ser luxo, tornou-e elemento indispensável à lista de desejos do homem moderno. E a compra e troca do celular, do computador, das roupas... tem muita gente por aí que não vive sem comprar o "desnecessário", dizendo ser necessário fazê-lo. 
        E entre sonhos reais e alucinações vamos vivendo nossas igualdades.
        E quando a idade vai avançando, todos começam a achar que as horas estão passando rápido demais e em como gostariam que não fosse tão aceleradas assim! A maioria passa a olhar para trás e a pensar no que fizeram e no que deixaram de fazer. Boas lembranças fervilham a mente... alguns ou muitos arrependimentos atordoam o coração. De lembrança em lembrança os dias e as horas "aceleradas" vão passando para todos igualmente.
        Seres humanos se parecem ou não se parecem? 
      É claro que existem  exceções! Mas quando nos referimos à maioria, podemos começar a aceitar a ideia de que não passamos de cópias uns dos outros, apenas com roupagem diferente. Não discuto aqui o "ser único" criado por Deus; discuto apenas o quanto pensamos e agimos igual, porém vestindo cores diferentes, deixando cabelos longos ou curtos, preferindo o vermelho ou o azul, andando de carro ou a pé. Acredito que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, por isso fica implícita a ideia de que não poderíamos ser diferentes. 
      As vírgulas e os pontos, que vão dando sentido à nossa vida, tentam marcar nossas diferenças, mas é o texto final que realmente fala a verdade!

2 comentários:

  1. olha.................... o blog de cara nova!!!!! Até estranhei!
    Tá lindo.
    E o texto está ótimo com sempre. Concordo sem tirar nenhum til da verdade dita!
    Nesse mundão globalizado quem ainda se preocupa em encontrar diferenças físicas e/ou materiais está no contra fluxo da evolução.
    abs,

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  2. Vc sempre gentil!
    Vê como não passamos de iguais?
    E ainda tem gente que se acha melhor que o outro e o despreza por isso. Essas pessoas são dignas de dó. Mas o bom mesmo é saber que muitos pelo mundo afora tem essa visão de que o que realmente importa não é o que temos ou o que aparentamos ser!
    Bjs

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