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Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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domingo, 18 de maio de 2014

Dia dos filhos...por que não?


Dia dos filhos, existe?

Não. Não existe! Como não? Se tem o dia das mães e dos pais, por que não o deles? 
Estive pensando e não demorei muito para chegar a uma conclusão e é como filha que respondo: não existe dia dos filhos, porque não somos mais nem melhores que nossos pais. Não existe, pois só há razão no nosso viver, porque um dia eles nos pensaram e, por amor, nos deram a oportunidade de viver, conforme os planos de Deus. 

Eles decidiram se entregar a uma vida maior, com sentido muito maior, cheia de renúncias e sacrifícios, de desistências e lutas, e sobretudo de amor. E é nessa palavra, AMOR, que está, acima de qualquer outra, a verdade da vida dessas pessoas. Por amor tudo começou e, por amor, a nossa vida, a dos filhos, começou também. Quando a nossa teve início, a deles deixou de ser só deles. Passou a ser para nós, unicamente para nós! 

A vida deles passou a ser para nós, quando deixaram de dormir a noite toda a fim de velar a nossa noite agitada. Passou a ser para nós, quando deixaram de comprar roupas e presentes para eles e começaram a nos presentear com o que de melhor seu dinheiro e seu coração podiam nos dar. Passou a ser do filho doente que reclama atenção; do filho triste que deixa triste também; do filho distante que inquieta o coração por não saber se está dormindo, comendo e se alimentando bem; do filho que não se achou; do que chora a perda de um amor ou sofre por que ainda não o encontrou; do que não percebe que seus "nãos" são para o bem e não, simplesmente, uma forma egoísta e prazerosa de negar tudo. 

Amor de pai e mãe é ímpar! É amor divino, recebido do alto d'Aquele que mais soube amar. É amor que não se vende nem se compra ou se empresta. É amor doação. É amor que não pede nada em troca, apenas que o filho seja do bem e feliz! É amor que dói na alma de tanto amar. É amor que não se explica com palavras pobres nem rimas ricas. É amor que se vive, e só!!!

Eu não consigo imaginar na Terra alguém que ame mais outro alguém que os pais a seus filhos! Acho que aqueles que honram essa dádiva, começaram a se santificar desde o momento em que se uniram com o propósito de dar vida aos filhos do Senhor! 

Os pais são exemplo pleno de abnegação: não comem se o filho não comer; não dormem se o filho estiver com insônia; não se divertem se o filho estiver angustiado; não têm coragem de fazer um passeio se o filho não puder ir junto; não adquirem uma agulha sequer, se não puderem adquirir uma primeiro para o filho. Já vi meu pais fingirem ter comigo um doce que ganharam para que pudessem dar a mim e aos meus irmãos. Isso por que se comessem não daria para dividir conosco. 

Os pais são isso mesmo: doação. E nós, filhos, não conseguimos ser como eles, infelizmente! Não conseguimos retribuir com a mesma grandiosidade e generosidade. Não conseguimos ter a paciência necessária para cuidar, doar, repartir e multiplicar como fazem com maestria, sem que nunca tenham aprendido isso em escola alguma. Não conseguimos afagar, beijar, acarinhar, demonstrar, verdadeiramente, nem mesmo com gestos, embora nos esforcemos muito! Mas, consolemo-nos com a ideia de que não há esforço suficiente neste mundo para amarmos como eles! Sei disso porque sou filha! Sei disso porque sou mãe! Vejo a mim em meus filhos! Eles não são para mim o que sou para eles, da mesma forma que não sou para os meus pais o que são para mim.

É, filhos! Está aí a razão do porquê de não existir um dia para nós. Ninguém se atreveu até hoje a sugerir isso, porque todos sabem que não merecemos como os pais merecem! Todos sabem até que tentamos usar palavras bonitas, mas é pouco, muito pouco para retribuir um amor desses, superado, unicamente, pelo de Deus.

Então, contentemos em continuar tentando! Quem sabe um dia possamos sair das palavras e viver na real um amor que retribua mais do que recebe, que seja mais generoso e menos egoísta. Que bata mais à porta, que enxergue para além do que os olhos podem ver, que seja ousado e atrevido. E, principalmente, que seja corajoso a ponto de sacrificar-se e esquecer-se de si pelo bem maior do amado.

Quando esse dia chegar... quem sabe chegue também o "dia dos filhos"?!

                                        Elzi Resende de O. Silv@

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