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Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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sábado, 28 de novembro de 2015

Sabemos pouco de tudo

Somos uma interrogação o tempo todo. Só sabemos o agora e é nele que podemos agir provocando o bem ou espalhando o mal. E, tanto um quanto o outro, são frutos do coração que não pode esperar para se decidir no próximo segundo.
A vida ensina, dia após dia, como viver, mas as lições, que proclamamos em alta voz termos aprendido, descobrimos não ter sido bem assim. A cada esquina uma surpresa, embora muitas vezes a tivéssemos atravessados sem nos dar conta daquela antiga loja, agora, de portas fechadas; de alguém que não passou na mesma calçada naquele dia; de um silêncio ou um barulho maior em meio aos passantes costumeiros e aos novos não notados. E no final do dia, acreditamos ainda estar num daqueles que julgamos terem sidos iguais aos demais: chatos, cansativos, sem novidades.
Só que não! Tudo é novo a todo instante, sem repetição, sem as mesmas caras, os mesmos olhares nem a brisa ou o sol castigante. Aquela pessoa que esbarra em nós ao cruzar a faixa de pedestre, correndo para não perder o próximo ônibus, pode esconder a dor de uma perda, a saudade de um amado, a alegria de uma chegada, o vazio de uma solidão. Na calçada que conduz ao nosso destino, buracos feitos pelo acidente de ontem ou pela tentativa frustrada de algum conserto, achamos ser os mesmos de há muito tempo. Atrás de um olhar que se dirige a nós, uma angústia doída, provocada pela decepção com os amigos que não perceberam sua dor ou perceberam, mas não fizeram caso dela.
Tudo muda a todo instante. Só não mudamos nós enquanto olharmos unicamente para dentro de nós mesmos, com as nossas ambições veladas, intenções camufladas, verdades ocultas por pequenas ou grandes mentiras ditas para fugir do que não se quer enfrentar.
Muda tudo ao nosso redor e continuamos a achar que estamos à frente do tempo, acima de qualquer outro, afinal, tiramos o pé daqui e colocamos ali! A nossa verdade se torna absoluta e cremos não precisar da experiência do outro, que na nossa mesquinha ou "grandiosa" concepção de novo e aprendizado, já chegou ao topo, embora falemos que ainda temos muito a aprender.
É... não sabemos nada, mas nem sempre aquele que viveu mais uma hora, um dia, dez ou cinquenta anos a mais e, no seu nada, pode haver uma ou muitas pitadas de saber úteis nos nossos próximos passos ou na virada da próxima esquina.
É... mesmo que colhamos saberes ao longo dos anos vividos, ainda teremos milhares nas colheitas seguintes e imprevisíveis, mesmo que tenhamos traçado, meticulosamente, todas as metas para alcançarmos nossos objetivos.
Somos uma interrogação que busca mais, sempre mais; jamais um ponto final a encerrar toda e qualquer nova possibilidade.

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