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sábado, 19 de janeiro de 2013

Manifesto contra a violência



Texto que escrevi para um manifesto contra a violência, realizado hoje em Itumirim, às 17h30, em frente à matriz, em razão de mais um assassinato ocorrido na cidade, o de Amauri Cléo de Mattos. Em sete anos, já são cinco assassinatos brutais cometidos numa cidade que era, até então, pacata e pacífica.

"A violência destrói o que ela pretende defender:
 a dignidade da vida, a liberdade do ser humano."

A paz com que tanto sonhamos e pela qual “dizemos” que lutamos está devagarinho deixando nossos lares, nossas escolas, nossas cidades. E ela está nos deixando, não por que quer, mas porque está sendo afastada, brutalmente e sem pedir licença, pela violência covarde e insana. Ela, ela mesma, aquela violência, que antes víamos acontecer somente pelos jornais, de longe, pela TV e nos canais mais sensacionalistas. Hoje ela, a violência, está aqui, invadindo nossas cidades pequenas; invadindo covardemente os lugarejos onde nos orgulhávamos em dizer que podíamos dormir até com as janelas abertas e que nossas crianças podiam brincar tranquilamente até tarde nas ruas.
É hora de agirmos! Não dá mais para assistirmos, como meros espectadores sentados confortavelmente em nossos sofás, essa vilã tirar nosso sossego, tirar nossa tranquilidade de ir e vir sem medo, tirar a paz de nossos pais que não conseguem mais dormir o sono dos justos enquanto seus filhos estão fora de casa!
Deus nos deu o maior de todos os presentes: a vida! E Ele nos deu a vida para que dela desfrutássemos de forma harmoniosa e feliz. E esse presente único, que só Ele, Deus, pode tirar, está sendo tirada por outro ser humano que também a recebeu como dom divino. A vida precisa ser respeitada em toda sua plenitude. Precisamos respeitar o outro, pois ele é como cada um de nós: sente como nós, sofre como nós, tem alegrias e tristezas como nós e também sonha e tem esperanças como qualquer um de nós.
E como conseguir que o respeito pela vida, o respeito pelo outro possa acontecer de fato em nossa sociedade? Nos unindo! Não dizem que a união faz a força? Então... a hora é agora, o tempo é este. Não vamos nos unir em torno de mais violência, mas buscando caminhos que a afastem de nosso meio. Comecemos pela educação na família. Que cada pai, cada mãe assuma seu papel de educar seu filho para o bem e para o amor. É na família que tudo começa. Ensinemos nossos filhos, desde o berço, a respeitar o outro, seja ele quem for, seja ele de qual raça, religião, nacionalidade, condição social for.
Outro caminho: nós e nossos filhos precisamos acreditar em Deus, ter uma religião, saber que acima de nós existe algo muito maior e que tudo governa. A família e a religião nos ajudam a pensar muito antes de cometermos qualquer ato errado e que prejudique o outro. Também entra nessa roda as escolas, os conselhos tutelares, as polícias civil e militar, o poder público enfim. Todos precisamos assumir o papel de educadores. Não adianta bater em quem já está calejado! Não resolve nada. Só serve para ensiná-la a bater também e mais.
Vamos nos unir e exigir de nossos políticos, eleitos por nós e que nos representam, a mudança nessa lei que mais tem protegido e deixando impunes os menores infratores do que dado a eles educação e condições de crescerem sadiamente. É inconcebível pensar que eles, aos 16 anos, têm condições e consciência para votar com maturidade, mas não têm para responder pelos seus atos covardes e que tiram a vida! E olha que não é só a vida de uma pessoa, mas tiram um pedacinho de cada um de seus familiares. Deixam pais sem filhos, filhos sem pais, irmãos sem irmãos e amigos sem amigos. Quanto sofrimento causam!?
Aqui, hoje, somos poucos, mas o pouco pode ser muito. Só que... é preciso começar! Queremos de novo ver a paz reinar aqui e em qualquer outro lugar! Vamos dar as mãos e começar a fazer a diferença expulsando de nosso meio o que está tirando de nós a paz de viver e a alegria de sorrir. É preciso banir de nosso meio o que tem feito tantas lágrimas rolarem!
Senhores políticos, nossa sociedade clama pela mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente no que diz respeito à maioridade penal. Sabemos que se isso não acontecer, ninguém poderá fazer mais nada e estaremos a mercê de quem não preza o direito de viver do outro.

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